O Não Ser
O NÃO SER
Será que existe só verdade?
Pois até mentindo temos que viver
Existe os dilemas da senilidade.
O dia a dia nos leva a ter.
E ainda queremos apenas ser
Quando trabalhamos com as inverdades
O dia a dia do viver
E os sonhos que temos da realidade
O não ser não é a negação do ser
Mas a antítese da mediocridade
Que nos leva a ilusões do querer ter
E sabemos que não é só de inverdades
Os sonhos que nos cansamos de ter
Mas uma forma de realidade
É tão fácil falar essas mediocridades
Pois até rimando sei escrever
Mas tem o dia a dia da senilidade
As ilusões que queremos ter
Os sonhos da pouca idade
E a vontade que queremos ter
De um dia apenas ser
Por isso o não ser
É um retrato da realidade
EXPLICAÇÃO
Os meus textos não terão uma sequência lógica no tema, isto porque meu livro se chama: Eu sou assim...
Nós somos três coisas: o que verdadeiramente somos, que vamos tentar descobrir, o que os outros acham de mim, e o que eu acho que sou.
Vou procurar suprir esta desigualdade com textos diferentes, em sequência lógica, espero que apreciem.
Isto é o escrever impressionista, nunca uso o preto nos meus raciocínios da certeza final, mas as cores que levam a sensibilidade e discussão.
Obrigado
TITO
Freud já dizia que o melhor personagem de um escritor é ele mesmo, então cada livro que escrevo e que escrevi, há um pouco de mim, ou muito conforme a leitura de quem o faz.
Esse livro é então um resumo, sem o ser de tudo que fui, sou e do que serei.
As dúvidas são para mim, elementos de criação.
O meu escrever nasce na dúvida e se desenrola numa incansável busca pela certeza e a verdade.
Vou escrevendo, pondo no papel pedaços de mim numa incansável procura pela verdade absoluta, é o que minha alma atormentada por dúvida pede.
E vou divagando, pensando, e preencho folhas de ilusão e algumas verdades meramente transitórias.
Aí descubro que a única verdade absoluta é a existência de Deus, o resto todo é transitório.
Um homem descobriu que da ponta dos seus dedos nascia a vida.
Ele para pensar muito para descobrir isto, e viu que seu coração nascia nas coisas que criava, sejam elas pinturas, poesia, enfim tudo o que criava, aí descobriu a magia da criação, por a alma em tudo o que se faz.
No começo sofreu muito pois as críticas a sua arte, soavam lhe como uma crítica a si mesmo.
Depois tornou se feliz, porque podia ser verdadeiramente ele nos momentos de sua vida e criar uma continuação de si mesmo.
Ai se eu tivesse um desejo nesta noite de verão, de mulheres, carinho, compreensão ou dinheiro, ai se eu tivesse um desejo, penso não só em uma, mas todas as coisas do mundo, pois desejo não posso ter, pois não é verão.
As noites não são mais mornas, pois não é verão, são frescas como as noites de outono são.
Não tenho mais desejos e frustrações pelo não ter, mas calma e tranquilidade, tenho só desejo de escrever, não de frustações mas do escrever por escrever.
O meu escrever estava calado há tanto tempo, que agora se desembestou a falar, e a ideia de todo falar da frustração que não existe, mas da minha vontade de me comunicar flui como um vulcão a soltar fogo, este fogo que me consome algumas vezes, agora me ajuda a criar.
Pois me sinto realizado e isto basta, como as noites que não são mornas e mal dormidas, mas frescas e descansadas e do meu ser brota uma alegria enorme, pensando no dia que vai nascer de novo, e transbordar de alegria.
Não penso em chorar, ou qualquer forma destrutiva ao ser, mas em rezar e agradecer a Deus pela minha existência, por mais um dia, enfim pela vida.
Tanta gente que sofre sem razão, já fui assim, hoje apenas agradeço e valorizo os dons recebidos.
Amém
Hoje me perguntaram sobre o que são minhas novas linhas, ainda não sei; pois apenas escrevo o que meu coração manda.
Não tenho intenção de argumentar, nem de provar nada, mas espero que quem leia o que escrevo, veja e sinta que a felicidade é possível, basta querer e basta lutar para isso acontecer.
O médico contou me hoje que tenho muitos anos de vida, muitas páginas para preencher com ideias, muitas horas para me divertir refletindo.
Bem vinda a vida, meus pesadelos acabaram-se.
Encaro com alegria as folhas em branco na minha frente, é como minha vida se apresenta agora, muitas folhas em branco para viver com palavras minhas.
O dia nasce na minha janela, e a vida flui nas minhas veias, a frase “já não quero mais a morte, tenho muito o que viver” ecoa dentro de mim. Quem sabe... o futuro a Deus pertence, mas estamos nós a plantar no presente os alicerces do futuro.
Queria contar a alegre notícia a meus pais, mas eles morreram, mas hoje ao caminhar de manhã depois de cumprimentar o dia, o cosmo com uma atitude de respeito a todos fez com que ele brilhasse, minha respiração vai ser inspirar amor e esperança, e deixar a vida fluir no meu corpo.
Bom dia
O dia morre, hoje é sexta feira, termina uma semana de vitórias pessoais que ninguém vai ver, só eu vou me sentir melhor, e isso para mim basta.
Há muitas lutas ingratas que são só para os outros satisfação. Estas páginas são vitórias minhas neste dia de outono, são pedras com as quais vou construindo meu castelo mental, meu livro.
Há tantos que lutam para ser ou parecer ser o que não são, e tem satisfação com isso. Eu vou vendo, meditando e escrevendo, do fruto do meu raciocínio algo, nascerá mais um livro, que talvez ninguém leia, mas construí algo, criei um livro e isso me alegra.
Alguns lerão, entenderão as palavras e acharão que é fácil faze o, depois darão desculpas porque não o fazem. Eu, mudo no meu canto vou preenchendo folhas de papel, que talvez daí nasça outro livro, e isso me satisfaz.
Acordo de madrugada, neste outono, com as janelas entreabertas da minha sala, vejo as primeiras luzes do sol virem brincar com o meu escrever. É o dia que nasce para mim e me transborda de alegria. A cidade acorda preguiçosa, aos poucos, e eu esfuziante de alegria, ponho-me a escrever essas linhas. Quem nunca viu o nascer do dia não sabe da beleza que o mundo guarda para si, e que Deus nos mostra todo dia.
Quero cumprimentar a todos, mas dormem, pois meu ser transborda de alegria com a beleza do mundo. Só sei fazer o sinal da cruz, agradecer e escrever.
Bom dia a todos.
Há pessoas que não veem beleza no nascer ou pôr do sol, apenas acham graça na cor do dinheiro, não amam a Deus nos seus grandes feitos que é a vida, depois criticam aos outros por ter fé e amor a Deus e a vida. O formalismo da lei esquecendo os ensinamentos de Jesus e utilizando palavras do Mestre para justificar apenas os lucros, são a sua solução de vida.
Cada um é cada um eu sou feliz porque consigo ver a beleza da vida, já os outros se pensam diferente de mim eu entendo, não existem dois dedos iguais na mesma mão.
Eu escrevo, o que eles fazem é problema deles.
Comecei a pensar assim quando vi que a morte é certa como a vida também. Quando morrer terei deixado páginas de palavras que tem vida e não morte.
O dia repousa nas palavras que eu escrevo, já é noite. Dormi um pouco e agora escrevo para voltar a descansar. Junto com o dia que repousa, todas as expectativas do dia que se foi repousam juntos, esperando o grande milagre do amanhecer, onde volto a escrever sobre o dia de domingo que acorda e deixo para trás as frustrações e provocações do sábado que se foi.
Boa noite
Bom dia, dia, hoje você nasceu mais belo e antes, neste dia de outono. Deus mostra para mim sua face, sempre. Alguns querem ver outros desprezam, eu sou feliz porque vejo a beleza da vida e posso dizer: Bom dia. Escrever páginas que talvez ninguém leia, mas é aonde sou mais verdadeiro.
Como é bom não importar com os outros algum tempo e expor isso. Nem que sejam palavras escritas.
Sou um derrotado, mas não me sinto assim, tenho paz. As dificuldades que vierem vamos enfrentar, nem que seja para perder de novo e o lucro seja apenas palavras escritas.
Bom dia: dia.
Não sou ninguém, a única certeza comigo é de ser ninguém, e trago comigo todos os sonhos que existem no mundo. Por isso escrevo, por que preencher com uma caneta folhas de papel, não precisa de muito, e posso contar o meu amanhecer, e a tristeza do meu anoitecer, como faço agora, e é destas folhas, lotadas de ideias e de palavras que pretendo ser alguém.
Esta é a razão do meu escrever.
Foi no banco da faculdade de direito, que aprendi a escrever, e caminhando por seus corredores que aprendi a pensar da forma que me deu inspiração.
O que me deu inspiração, um dia crítica e hoje me garante o nome de poeta.
Devo a minha sensibilidade e as críticas ao meu ser, sempre pensativo, às vezes escrevendo, sorvendo tudo o que há nesta vida, e transmitindo em palavras escritas, todo o meu ser.
Bom dia: dia, hoje ao acordar não vi uma luz no céu, só a noite escura da madrugada mostrava me uma visão do mundo, nenhuma luz, nenhuma esperança só a madrugada escura adentrava minha sala, fui parabenizado ontem por ser o sucessor da literatura na minha faculdade, me disseram que eu escrevi sobre tudo, hoje escrevo ao nascer e amanhecer do dia.
O mistério do dia guarda em si revelações, então vamos a elas durante o dia.
Agora descanso mais um pouco com café da manhã tomado, esperando o correr do dia, que apenas me transborde de inspiração.
Na fazenda era nessa hora que se ordenhava as vacas, e eu ia à mangueira com a minha caneca tomar meu leite, esta é a razão de que acordo cedo, e me alimento de madrugada, força do hábito.
Foi aí que aprendi ver a beleza do nascer do dia, não é só no parto que a vida nasce, mas todo dia Deus reserva este milagre e espetáculo para nós.
Por que escrevo sobre o nascer do dia e o anoitecer, é como o milagre da vida brota em mim, talvez uma fotografia mostre o que vejo melhor, mas não o que sinto.
Confio na minha caneta e no meu escrever para traçar um retrato da minha alma, sou escritor, não fotógrafo.
Talvez ao lerem minhas palavras cada um lusco fusco diferente, e distinto do meu. Esta é a magia de minhas palavras, ao descrever a vida, crio uma nova existência para quem me lê. Por isso sou poeta, com os pés no chão e a cabeça cheia de sonhos e recordações. Este sou eu!
Onde o torpor e a alegria do amanhecer me acompanham todo o dia, e com a alegria da madrugada vou vivendo o dia. Não uma euforia, mas uma alegria maior, existencial de caminho percorrido, de dia feito e cheio de esperança para o futuro vindouro.
Da janela da minha sala, aonde nasce o dia para mim, ficava imaginando o mundo na rua, como as pessoas se portavam ao nascer e pôr do sol, se para elas tinha a mesma importância que tinha para mim, nisso o interfone toca. É o rapaz da portaria me avisando que minhas compras haviam chegado. Desci, só vi as compras e a portaria, o entregador já tinha ido.
Meu mundo, como desde o começo da pandemia se resume aos limites de onde moro, nada mais!
A minha caneta e o meu papel é o meu vínculo com o mundo, tanto o exterior como o interior; e destes escritos vou construindo a minha realidade; está de ideias que estampo no papel e que afugentam a minha solidão.
É a tênue linha entre a loucura e o equilíbrio, e é nela que me seguro todos os dias com muita força.
Já sei pelos jornais que não sou só, mas em muitos lares, em muitos países vive se a mesma situação.
A minha vida me sorri, espero que a de todos seja igual, guardando suas características.
É no outono e inverno que nasce a literatura, por causa do isolamento, e como as estações mudam conforme os países, temos produção sempre.
Hoje estamos em um dia quente de outono, guardo comigo a frustação de não ter dado certo, meus sonhos são o contrário disto. Vamos ver se ainda acredito em sonhos. Vamos continuar fazendo o que sei fazer que é escrever. Quem sabe alguém leia minhas palavras um dia. Segundo o diretor da minha faculdade eu já sou reconhecido, mas faz ressalvas.
Ser verdadeiro leva a ressalvas.
Vou descansar mais cedo hoje, e amanhã acordarei melhor quem sabe...
Ontem sonhei com um dia melhor que viria, mas foi sonho por hora, resta me lutar para transforma o em realidade.
Hoje acordei com a disposição e vontade de lutar, já é um bom começo, e acreditar em um mundo melhor, isto é fé.
Os planos do passado transformar em realidade para o futuro. Não existe solução mágica sem luta, para o que queremos temos que lutar, assim venceremos.
Eu hoje fui cumprimentado que eu havia conseguido a imortalidade pelas coisas que eu fiz, que eu escrevi, eu havia conseguido isto. Havia sonhado com isso esta madrugada antes disto acontecer e estar eufórico a escrever estas linhas, para guardar sempre este momento.
Ontem me deram tâmaras, vieram sem as sementes, quem me deu achou estava me dando um presente maior, mas olhei aquelas frutas frustrado pois o fascínio de procurar um ozinho em cada semente se perdeu.
Aprendi desde cedo que na fuga de Jesus para o Egito, junto com Nossa Senhora e São José, encontraram em um oásis uma tamareira carregada o que Maria exclama ó, e marcou a partir daquela data todas sementes de tâmara com um pequeno ó
Desde pequeno conheço esta história e desde pouca idade procuro a marca nas sementes, e sempre acho para me fascinar.
A alegria da vida está nas pequenas coisas, não no dinheiro, ou isto que pregam ser bom, mas uma recordação infantil traz nos muitas alegrias. E o sonho de ver um milagre, também!
Os milagres da vida estão aí, em qualquer canto basta observar, ter sonhos que irá encontra os.
Na minha sala sempre tem uma flor, é uma promessa de vida nova que olho todo dia, e a flor marca, como a história que contei me marcou, por isso cultivo a beleza, e a alegria, me faz bem, me tira da matéria, me transporta para o espiritual que também sou eu.
Escrevo tudo isso depois do almoço, no outono, Mario Vargas Llosa disse que é necessário haver o inverno para ter literatura, e a mim é necessário haver esperança para as palavras brotarem, e os primeiros raios de sol batem em minha mesa, trazendo o sonho de um mundo melhor.
Carreguei muito tempo a pecha de louco ser por escrever, prefiro ser e ser feliz e deixar meus filhos, meus livros, que me conduzirão para a eternidade. Freud dizia que o homem tem filhos na procura de ser imortal, eu escrevo, e é assim que sou.
Meus pais me fizeram sensível, e não sabiam, que era um presente de Deus, e eu agradeço todo dia isto.
Sou feliz, não sorridente, mas feliz, e isto é que importa.
Me perguntaram se eu estava me sentindo bem, e apenas disse: Voltei a escrever, estou bem.
Voltei a escrever, depois de muito tempo parado, estou feliz! Assim como uma criança precisa de nove meses de gestação, meus livros são escritos todos a mão e passam por uma longa gestação, e a alegria que a mãe tem após o parto, sinto a cada página escrita, por isso os tenho como meus e sinto ciúmes deles. É um trabalho artesanal!
Tudo o que vale a pena na vida é construído aos poucos, com capricho, com sangue, suor e lágrimas, para valer a pena, como foi a Inglaterra após a guerra.
A felicidade também é assim, não a euforia de algum tempo, felicidade é mais profunda é razão de vida, é argumento final existencial. Escrevo para ser feliz, vem da alma.
Comecei a escrever este livro há cinquenta anos atrás, o escrevi por partes e o reescrevi por inteiro agora, ou melhor ainda estou reescrevendo.
1
Meus heróis eram diferentes, como Fernando Pessoa e José Régio, alvo de críticas e até hoje são grandes, assim sou eu, mais um átomo que se animou a ler os dos e resolver a escrever.
Tenho livros em várias bibliotecas no mundo, mas sou eu o Tito, que escreve no Brasil, e está em Portugal e resto do mundo, posso andar na rua incólume, sou pobre e apenas um escritor, a antítese dos valores de hoje, qual é minha fonte de inspiração: Jesus Cristo.
Não ser é a história do ante herói, não do comum, mas daquele que acreditou em si, a duras penas.
2
Eu nasci para ser o que sou, escritor. Fui fazer Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, porque lá era berço dos escritores, e eu queria ser um.
Quando Cervantes escreveu um livro sobre seu anti-herói, D. Quixote de La Mancha, não esperava as punições e perseguições, mas o livro mais lido no mundo depois da Bíblia é este.
A figura do anti-herói perdedor acompanha a imaginação como exemplo de vida, mas todos preferem o outro lado da moeda.
Religiões foram criadas, ideologias também na tentativa de distorcer a sabedoria do ser, e criar uma interpretação mais amena sobre a história, conforme o gosto da época, e de quem criou.
Um dia, e já era noite, chegando a casa dos meus pais, onde eu vivia, vejo uma luz no jardim, e uma voz que me chamava pelo nome: TITO.
Olhei eu havia voltado de uma internação por dar uma interpretação diferente do julgamento de Jesus, e vejo a imagem de Jesus Cristo que brilhava, e me convida a pregar. Eu pensei, não Senhor não posso pregar, meu sistema nervoso não me ajuda, e já não tenho mais crédito.
Então escreva disse-me Ele, e eu comecei a escrever os meus livros, e divulga-los pelo mundo, não tinha dinheiro e minhas edições foram pequenas, e as editoras, assim que esgotassem, punham a máquina para rodar e faziam mais livros. Assim me tornei escritor do que escrevo.
Sabia desde o começo que não ia ser fácil, e hoje tenho livros no mundo inteiro, que logicamente não me deram dinheiro, mas acho que cumpri a minha missão, mas só resolvi contar a história, neste meu derradeiro livro, que comecei naquela época.
Muitos não gostaram e me puniram, mas já estava esperando por isso. Resolvi, então contar o fato neste livro, entre outras coisas, agora está feito.
3
A humanidade respeita aqueles que lutaram por um ideal, admira as pessoas que foram anti-heróis, pois guardaram em si a beleza de ser homem, de ser o que são.
Espero ter honrado a Deus e a mim ao escrever essas linhas, que foram escritas em um dia. Partilho o meu segredo com todos, sem medo, com um pouco de receio, mas já está feito.
A única coisa que não me tiraram foi a arte de escrever, o que agora faço, esperando o pior.
A visão me pediu para ser um pregador, eu acho que sou um pregador, pois meus livros estão distribuídos em bibliotecas do mundo inteiro; e as coisas de Deus devem se revestir da gratuidade, assim qualquer um pode ter acesso.