A Amizade
A AMIZADE
Era um amor tão grande que virou amizade! Estaria o escritor errado ao afirmar isto?
Não!
O amor tranqüilo, maduro, que guarda em si uma história de aceitação e compreensão mútua se difere da paixão, onde a tônica é a atração.
O amor da amizade se caracteriza pela necessidade da compreensão, pela essência do companheirismo, é a brisa leve do fim e do começo do dia, enquanto a paixão é o fogo que arde sem doer.
Quando os profetas descreveram ao criador, o caracterizaram como esta brisa renovadora, que sopra quase sempre. Portanto a amizade é o amor abençoado, levado as últimas conseqüências, onde tudo o mais é vencido, como o preconceito, a idade, a tração sexual e vai assim por diante.
É a água da existência que alimenta que é a razão da vida e da qual somos feitos a maior parte.
O preocupar-se com o outro, a alegria demonstrada de encontrar o outro, tudo pode ficar as claras, já não há mais o quê nem por que esconder é poder ser a si mesmo em toda a sua plenitude, pois o jogo da conquista e da sedução já não mais existe, pois se conquista o ser amado vivendo a si, ao amor, que a tudo chamamos de amizade.
Muitos poetas, profetas, filósofos a cantaram, a descreveram, mas poucos a nomearam, pois para que nome se viver o estado já é importante?